O que deveria começar no final de semana, dia 29, foi adiantado pelo governo americano e já a partir das 23:59 desta terça-feira (26) começa a valer a proclamação do presidente Donald Trump que vai barrar os viajantes internacionais que passaram 14 dias ou mais no Brasil.
Qualquer relação que aponte que o viajante passou pelo Brasil, mesmo que ele esteja vindo de outro lugar, pode fazer com que a pessoa seja barrada. Há exceções explicitadas pela embaixada americana no Brasil e também pela Casa Branca que informou nesta segunda-feira (25) a mudança dos planos.
Trump disse na semana passada que estava analisando a situação brasileira e que enviaria ventiladores para ajudar o país. Logo depois, a secretaria de comunicação do governo confirmou a transferência de dinheiro para o Brasil. São mais de US$ 3 milhões de dólares se juntam aos US$950 mil que foram anunciados no início de maio.
O governo brasileiro tem evitado falar sobre a postura do governo Trump. Minimizando a situação, um secretário do Ministério das Relações Exteriores tentou explicar o anuncio, dizendo que se trata de uma postura como a do Brasil que já foi adotada há muito tempo.
Ele também aproveitou para criticar a imprensa por ter noticiado a decisão da Casa Branca.
“A restrição americana à entrada de brasileiros nos EUA tem o mesmo propósito de medida análoga adotada anteriormente pelo Brasil em relação a cidadãos de todas as origens, inclusive norte-americanos, e de medidas semelhantes tomadas por ampla gama de países no mundo todo”, escreveu Martins.
Ele ainda negou que a medida tenha caráter discriminatório.
A restrição a estrangeiros no Brasil foi estendida na última sexta-feira (22) pelo presidente Bolsonaro por todas as fronteiras: terrestre, marítima e também aérea.