ORLANDO, FL – Pra quem quer se divertir no cinema, está em cartaz nos Estados Unidos, “Geostorm“, um daqueles filmes catástrofe que você precisa assistir num IMAX 3D pra poder ter a máxima imersão na história.
Mas o filme não tem só aquelas imagens bacanas do mundo sendo destruído pela força da natureza – nesse caso controlada por um sistema chamado “dutchboy”. Tem uma série de recadinhos que são dados diretamente para a atual administração.
A história, que traz Gerar Butler como protagonista, se passa num não muito distante 2019. Nesse ano, a Estação Espacial Internacional tem em suas mãos um sistema de controle da condição climática chamado “dutchboy”. Ele consegue fazer com que o clima maluco – por conta dos maus cuidados do homem para com o mundo – fosse controlado.
Porém, o cara que botou tudo isso pra funcionar, um “bad boy” de primeira vivido por Butler, é demitido pelo próprio irmão. Mas é claro, “os caras” vão precisar dele para tentar salvar o planeta. Até um certo ponto, a história é um pouco monótona. Depois, com alguns ingredientes e imagens de tirar o fôlego, tudo volta ao normal e te prende até o fim.
Uma das coisas mais bacanas é que o filme tem referências e cenas do Rio de Janeiro sendo destruído, especialmente a praia de Ipanema. E também, que boa parte da ação se passa em Orlando. “Puxa, as duas cidades da minha vida!!”… sim! Confesso que a parte em que ele diz que a próxima cidade a ser destruída seria Orlando, imaginei que fosse um truque para cada audiência, mas não… a ação se passa aqui mesmo que fica muito próximo à Cabo Canaveral. Ah! E tem mais: Cocoa Beach também tá lá!
Entre um diálogo e outro, claro que os sinais e os recados estão ali. O presidente da vez é o democrata Andrew Palma, vivido por Andy Garcia. Nada mais emblemático que um presidente “cubano americano” no poder. O seu assessor direto é Ed Harris, que vive uma espécie de Gen. John Kelly da atual administração. E claro que na estação estão iranianos, alemães, mexicanos e até russos.
Entre tantos recados, o do acordo climático é o principal. É como se os Estados Unidos não quisessem dar o controle do clima aos outros países. Num dado momento, o mexicano Al Hernandez, vivido pelo ator Eugenio Derbez, diz: “Agradeça ao México!”… assistindo ao filme você vai entender. Recentemente, o presidente Donald Trump não prestou solidariedade e nem ofereceu ajuda ao povo mexicano que sofreu com um grande tremor de terra porém, os mexicanos são a grande parte da mão de obra empregada na reconstrução do Texas que sofreu com o furacão Harvey.
Lembrando que o filme da Warner foi todo rodado em outubro de 2014. No ano seguinte ele teve um teste de “tela” em que foi totalmente reprovado. Resultado: o filme foi refeito na Louisiania em dezembro de 2016. Teve duas vezes o lançamento adiado por conta de outras super-produções e só agora está em cartaz.
Melhor não dar tantas dicas sobre o roteiro. O bom é descobrir que o filme é imprevisível e que pode te surpreender até um pouquinho antes do fim, claro.
Na estreia no dia 22 de outubro de 2017, “Geostorm” faturou $13,3 milhões de dólares nas bilheterias dos Estados Unidos e Canadá. No mundo todo, bateu $62,9 milhões de dólares, contra um orçamento de $120 milhões de dólares. A estreia foi gigante, em 3246 salas de cinema no primeiro final de semana. Porém, considerado pela imprensa americana e pelos críticos: “fraco demais”. Lembre-se: não sou crítico, apenas estou indicando algo pra você se divertir. Eu me diverti muito!!