Já tem um monte de gente criticando. Desde as famosas frases de que “isso não é televisão”, até o desdém “não perco o meu tempo”. Mas até mesmo essas pessoas que dizem não curtir o reality show mais longevo da tv brasileira, também dão uma espiadinha.
A novação edição do “Big Brother Brasil” chegou para abalar as estruturas e mostrar que tem fôlego. Os primeiros dias mostraram que tudo pode ser remodelado para chamar a atenção do telespectador. Se o elenco de outras edições – mais especificamente a 14ª e a 15º – não eram o grande chamariz do programa, parece que esse ano aconteceu um acerto.

Elenco reunido na sala da casa mais vigiada do Brasil. (Paulo Belote/TV Globo)
Nada de capas de Playboy, garotos sarados sem conteúdo – apesar de que as primeiras palavras de Renan, ao vivo, não o favoreceram – muito menos caipiras, cowboys e gente humilde.
Nas redes sociais o que mais se ouvir em relação ao novo BBB era: “uma pós-graduação em humanas”. Exatamente! Quem disse que pessoas com conteúdo não participam desse tipo de reality de observação? Pois temos grandes personagens que prometem trocar experiências: até os mais novos como Ronan, o menino que morou na rua e “declamou” trechos de “O Pequeno Príncipe” para a YouTuber que tem problemas com o peso, já mostrou o seu valor.
A prova do líder de cara sendo de resistência e tradicional mostrou que a direção não quer mexer no que está ganhando. Os quase 25 pontos de audiência na estreia (24,4) do BBB mostram que o programa tem chances de ir mais além. E foi: no segundo dia, impulsionada pela repercussão positiva da estreia, bateu em 27 pontos na Grande São Paulo.
Todos tem seus preferidos. Eu tenho os meus. Mas ainda é cedo para fazer o que todos fazem na vida real: pré-julgar os participantes deste BBB.